Foto: Vinicius Becker
Técnico de 39 anos revela raízes santa-marienses, trajetória como jogador e o quanto está engajado dia a dia na tentativa de recolocar o Inter-SM na Série A do Campeonato Gaúcho

O Inter-SM disputa o acesso para a Série A do Gauchão contra o Veranópolis no domingo (17).
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O comandante da equipe alvirrubra é jovem para a função que executa, mas vive o mundo do futebol desde sempre. Bruno Coutinho Martins tem 39 anos e é natural de Porto Alegre. Tem raízes em Santa Maria, pois seu pai nasceu no Coração do Rio Grande.
Revelado nas categorias de base do Grêmio, atuou profissionalmente até os 29, quando encerrou a carreira devido a uma grave lesão.
Técnico há quatro temporadas, carrega no currículo o título da Divisão de Acesso do ano passado com o Monsoon.
– Sou um ex-atleta oriundo das categorias de base do Grêmio. Fiz a estreia no time profissional tricolor em 2003 e fiquei até 2006. Depois fui emprestado para o Nacional do Uruguai. Após, fui negociado com um grupo ucraniano que vendeu os direitos para a Polônia, país que atuei por cinco anos e cheguei encaminhar uma naturalização, mas por questões burocráticas não ocorreu. Retornei ao Brasil em 2013 (jogou no Pelotas e Veranópolis) e encerrei a trajetória como jogador no Japão, onde, aliás, me aflorou a ideia de ser técnico – diz Coutinho.

Após encerrar a carreira no futebol como atleta, Bruno Coutinho procurou se qualificar. Ele revela que fez questão de não se tornar treinador simplesmente no “carteiraço” por ser ex-jogador.
Campeão da Divisão de Acesso pelo Monsoon em 2024, quando a direção do Inter-SM planejou este ano, Coutinho surgiu como o nome “ficha 1” para ser contratado.
O treinador fala de como foi a escolha pelo Inter-SM e as responsabilidades que andam lado a lado com seu cargo.
– Nos reunimos três vezes até eu acertar. A história do clube fala por si só. O Inter-SM não necessita do Bruno Coutinho para gerar a história. Meu pai é santa-mariense, conheço a história do clube, e entendo com mais facilidade a dor que todos que se envolvem com o Inter-SM carregam por estar longe da elite do futebol gaúcho. Isso só aumenta a minha responsabilidade. Há um projeto aqui e a máquina não para nunca de rodar no clube. Tenho muito respeito por tudo que ocorre nos bastidores, e sei o quanto existe trabalho de todo o staff para que as coisas funcionem. Vivo 10 a 12 horas por dia, com o maior orgulho, a rotina do Inter-SM – explica o técnico.
Bruno Coutinho chegou a cursar Psicologia e comenta o quanto os pontos mentais são importantes em momentos decisivos na busca pelo objetivo, que é conquistar o acesso.
– Na hora decisiva, o ideal é uma mescla entre a parte psicológica e o campo. Eu diria que passa muito pelas questões anímica e física juntas. É uma soma. A cabeça é nosso mestre. Precisamos estar felizes para desempenhar nosso trabalho. Todos temos responsabilidades, muitos têm família, e na hora que se está no clube, os problemas fora daqui precisam ser deixados de lado para darmos o nosso máximo – conclui Bruno Coutinho.